2023
Estatísticas do ano de 2023 – LCME
No ano de 2023, cessados os efeitos da pandemia de COVID-19 nos atendimentos realizados no LCME, constatou-se, em média, uma recuperação nos números de atendimentos e de utilização dos microscópios em relação aos anos anteriores. Entretanto, esses níveis ainda se localizaram aquém dos constatados anteriormente à pandemia. O crescente aumento na necessidade de manutenção dos microscópios, que já possuem mais de 15 anos de uso, revelou-se como o principal fator limitador da disponibilidade de alguns equipamentos para o uso das(dos) usuárias(os), sobretudo do TEM 200 kV, como será possível verificar a seguir.
Nas próximas seções, são apresentados dados gerais sobre usuárias(os) e utilização dos microscópios durante o ano, sob forma de gráficos.
Uso e Manutenção dos Microscópios – 2023
No Gráfico 23.1 são apresentadas as horas de utilização e de manutenção dos microscópios eletrônicos de varredura MEV e FEG durante o ano de 2023.
Gráfico 23.1 – Uso e Manutenção do MEV e do FEG no ano de 2023.
O MEV, microscópio de maior demanda no LCME, atingiu o pico de 122,0 horas no mês de agosto, um pouco inferior ao maior valor mensal registrado no ano anterior (150,5 horas em abril de 2022). No mês de março foi necessário fazer uma intervenção no microscópio devido a problemas na sua Workstation. Os demais eventos de manutenção referem-se a trocas de filamento.
O FEG, adequado para análises mais restritas, não foi utilizado nos meses de janeiro e março. Atingiu seu pico de 31,5 horas de uso no mês de julho, inferior ao pico de 45,5 horas do ano anterior, registrado no mês de maio de 2022. Não foram registradas intervenções importantes no equipamento para a sua manutenção em 2023.
No Gráfico 23.2 são apresentadas as horas de utilização e de manutenção dos microscópios eletrônicos de transmissão TEM 100 kV e TEM 200 kV.
Gráfico 23.2 – Uso e Manutenção do TEM 100 kV e do TEM 200 kV no ano de 2023.
Segundo microscópio de maior demanda do LCME, o TEM 100 kV atingiu seu pico de utilização de 93,0 horas no mês de agosto, valor ligeiramente inferior ao pico de 111,0 horas no mês de agosto do ano anterior. Nos meses de janeiro e setembro a empresa Jeol realizou manutenção corretiva e preventiva no microscópio. Os eventos de manutenção de março e agosto referem-se à troca de filamento.
Assim como aconteceu em 2021 e em 2022, o TEM 200 kV não pôde ser devidamente utilizado durante o ano de 2023, o que se deveu basicamente a problemas na sua câmera de captura de imagens e no sistema de refrigeração. A empresa Jeol realizou tentativas de manutenção nos meses de janeiro e outubro, e testes foram realizados com o equipamento em fevereiro, infelizmente sem sucesso.
Durante o ano de 2023, não houve demanda para a utilização do microscópio de fluorescência. Isso se deveu à não viabilidade de manutenção de sua câmera de captação de imagens, e à transferência do microscópio confocal para o LAMEB/CCB,1 uma vez que, anteriormente, as(os) usuárias(os) tendiam a utilizar o microscópio de fluorescência como alternativa ou apoio às análises realizadas no microscópio confocal no LCME.
No Gráfico 23.3 são apresentados os números de horas totais de uso e de manutenção durante o ano para cada um dos microscópios do LCME.
Gráfico 23.3 – Uso e Manutenção Totais de todos os Microscópios do LCME em 2023.
Como vem ocorrendo desde o início dos trabalhos do LCME, o MEV foi, mais uma vez, o equipamento de maior demanda, dado que a maioria das solicitações de análises no laboratório requerem microscopia de varredura e magnificações relativamente baixas. Em relação ao ano anterior, foi constatado um aumento de 36% nas suas horas totais de uso, o que mostra uma tendência de aproximação ao valor máximo de 1689,0 horas de uso, registrado em 2019.
Como geralmente verificado nos períodos precedentes, em 2023 o segundo microscópio mais utilizado foi o TEM 100 kV, com um valor de horas de uso totais ligeiramente inferior ao constatado no ano anterior (de 752,5 horas).
Finalmente, no Gráfico 23.4, tem-se a evolução da média mensal de uso de cada microscópio nos anos de 2014 a 2023.
Gráfico 23.4 – Média Mensal de Uso dos Microscópios do LCME de 2014 a 2023.
Confirma-se aí, mais uma vez, o MEV como o microscópio mais utilizado do LCME em todos os anos de funcionamento do laboratório, ainda que o valor da média mensal de uso não tenha alcançado os níveis registrados anteriormente à pandemia de COVID-19. Entretanto, para este equipamento e o FEG, percebe-se um aumento da média mensal em relação aos anos anteriores. O TEM 100 kV, segundo microscópio de maior demanda, apresentou uma pequena queda na sua média mensal, de 61,5 horas em 2022 para 59,5 horas em 2023.
Uso dos Microscópios por Centro da UFSC – 2023
Nos Gráficos 23.5 a 23.9 a seguir, são apresentados os dados de uso, por Centro de Ensino da UFSC, para cada microscópio do LCME e para o conjunto de todos os microscópios. Mais uma vez, como será possível verificar, o centro que mais submeteu projetos foi o CTC, como tem ocorrido usualmente ao longo dos anos. Nota-se também, nos gráficos, um aumento significativo de “Outros Centros”, devido ao crescimento da demanda dos outros campi da UFSC (sobretudo Blumenau) pelos recursos do LCME.
Nas legendas, após a sigla do centro, são apresentados o número absoluto de projetos e o percentual que este número representa em relação ao total de projetos (total este que se encontra indicado em um dos cantos inferiores dos gráficos).
As siglas dos Centros de Ensino de Florianópolis são as seguintes:
- CTC – Centro Tecnológico;
- CFM – Centro de Ciências Físicas e Matemáticas;
- CCB – Centro de Ciências Biológicas;
- CCA – Centro de Ciências Agrárias;
- CCS – Centro de Ciências da Saúde;
- CFH – Centro de Filosofia e Ciências Humanas.
Nos gráficos, “Outros”, além dos demais campi da UFSC, englobam também as empresas atendidas e as(os) usuárias(os) de outras instituições de ensino.
O Gráfico 23.5 apresenta os dados relativos ao uso do MEV durante o ano de 2023.
Gráfico 23.5 – Uso do MEV por Centro de Ensino da UFSC em 2023.
Em 2023, o número de solicitações de análises no MEV (203) foi praticamente o dobro do que foi registrado em 2022 (111). É possível verificar que, dos centros de Florianópolis, o CTC, o CCA e o CFM foram os que mais utilizaram esse equipamento, correspondendo a 60% das solicitações atendidas.
Com relação a “Outros”, dos 62 projetos atendidos, 46 (74%) eram oriundos do campus de Blumenau, 5 (8%) de Joinville, e 11 (18%) de outras instituições de ensino.
O Gráfico 23.6 apresenta os dados relativos ao uso do FEG.
Gráfico 23.6 – Uso do FEG por Centro de Ensino da UFSC em 2023.
Em 2023, dentre os centros que tradicionalmente utilizam o FEG, somente foram atendidos projetos do CTC, do CFM e do CCB. Foi constatada, pela primeira vez, a demanda do CFH pelo equipamento, devido principalmente ao interesse das(dos) pesquisadoras(es) em determinar a composição química de artefatos encontrados em pesquisas arqueológicas (já que houve problemas com o módulo EDS do MEV).
Considerando “Outros”, dos 7 projetos atendidos, 4 (57%) eram oriundos do campus de Joinville, 2 (29%) de Blumenau, e 1 (14%) de outra instituição de ensino (UDESC).
Os dados de uso para o TEM 100 kV são apresentados pelo Gráfico 23.7.
Gráfico 23.7 – Uso do TEM 100 kV por Centro de Ensino da UFSC em 2023.
Dos Centros de Florianópolis, o CTC, o CFM e o CCB foram os maiores usuários do TEM 100 kV. Não houve solicitação de uso por parte do CFH pelo fato de o equipamento não ser adequado às necessidades de análises daquele Centro de Ensino.
Pela primeira vez, o número de projetos originados de outros centros superou o número do maior usuário do equipamento (CTC). Dos 27 projetos, 12 (44%) eram oriundos do campus de Blumenau, e 15 (56%) de outras instituições de ensino. Não houve demanda provinda de pesquisadoras(es) do campus de Joinville para o equipamento.
O Gráfico 23.8 apresenta a demanda verificada para análises no TEM 200 kV.
Gráfico 23.8 – Demanda do TEM 200 kV por Centro de Ensino da UFSC em 2023.
Em 2023, foram registradas somente 6 (seis) solicitações de análises no TEM 200 kV, por parte do CTC, do CFM e do CCS, como ilustra o Gráfico 23.8. Entretanto, assim como no ano anterior, devido a problemas no equipamento, essas solicitações foram remanejadas para atendimento no TEM 100 kV; isso justifica, mais uma vez, a não verificação de horas de uso do TEM 200 kV durante o ano, como apresentado anteriormente nos Gráficos 23.2 e 23.4.
Finalmente, no Gráfico 23.9, é possível ver os números totais de solicitações por Centro de Ensino englobando todos os microscópios, para o ano de 2023.
Gráfico 23.9 – Uso Geral do LCME por Centro de Ensino da UFSC em 2023.
Como em anos anteriores, o CTC foi o centro que mais utilizou os recursos do LCME, como se constata pelos 34% das solicitações atendidas; em segundo lugar, assim como em 2022, estiveram as solicitações provindas de outros campi da UFSC e de outras instituições de ensino, cujo número (29%) superou o do segundo maior usuário de 2023 (CFM, com 13%). Após 3 (três) anos sem demanda por parte do CFH, o centro voltou a utilizar os recursos do LCME (unicamente do FEG, como já mencionado).
Uso dos Microscópios por Docentes e Discentes – 2023
Nos Gráficos de 23.10 a 23.13, são apresentados para cada microscópio, assim como nos anos anteriores, os dados relativos às categorias em que se enquadravam as(os) usuárias(os) do LCME no ano de 2023 (professoras(es), alunas(os), pós-doutorandas(os) etc.). Nesses gráficos, a primeira coluna corresponde ao total de professoras(es) de todos os campi da UFSC; a segunda (em vermelho), à soma de todas as colunas à sua direita (ou seja, à soma de todas(os) as(os) alunas(os) usuárias(os) do microscópio em questão). A coluna “outros” corresponde unicamente às(aos) usuárias(os) ligadas(os) a parcerias firmadas com outras instituições, correspondendo a órgãos públicos ou a empresas privadas.
Gráfico 23.10 – Uso do MEV por Professoras(es) e Alunas(os) em 2023.
Tomando como referência as análises realizadas no MEV (Gráfico 23.10), o qual é o microscópio mais utilizado no LCME, em 2023 o número de alunas(os) solicitantes (206) correspondeu a quase o dobro do constatado em 2022 (111), sendo o maior já registrado no LCME.
Gráfico 23.11 – Uso do FEG por Professoras(es) e Alunas(os) em 2023.
Gráfico 23.12 – Uso do TEM 100 kV por Professoras(es) e Alunas(os) em 2023.
Gráfico 23.13 – Demanda do TEM 200 kV por Professoras(es) e Alunas(os) em 2023.
Mais uma vez, como nos anos anteriores, a grande maioria das(dos) alunas(os) que utilizaram os recursos do LCME foi da pós-graduação. Entretanto, em 2023, o número de mestrandas(os) superou o de doutorandas(os), como se vê nos Gráficos 23.10 a 23.13, ao contrário do que vinha sendo constatado até 2022.
Na análise desses dados, assim como constatado nos anos anteriores, verifica-se que os microscópios que mais tiveram usuárias(os) em 2023 foram o MEV e o TEM 100 kV (sendo que, a exemplo do que foi constatado para o MEV, para o TEM 100 kV foi registrado um aumento significativo no número de usuárias(os) discentes em relação aos anos anteriores: 35 em 2022 e 64 em 2021).
Evolução do Número de Solicitações Submetidas ao LCME
No Gráfico 23.14 é apresentado o volume de solicitações (ou projetos) submetidas(os) ao LCME desde a sua criação, em 2007 (lembrando que o efetivo funcionamento do laboratório iniciou-se ao final de 2008).
Gráfico 23.14 – Evolução do Número de Solicitações de Análise por Equipamento do LCME de 2008 a 2023.
Como se percebe no gráfico acima, em 2023 foi verificado um aumento no número de solicitações (326) em relação aos anos anteriores (110, 222 e 166 nos anos de 2020 a 2022, respectivamente), porém ainda inferior ao constatado em 2019 (439), ano anterior à pandemia de COVID-19
Como o Gráfico 23.14 também indica e como visto anteriormente, o MEV e o TEM 100 kV permaneceram os microscópios com maior demanda em 2023, a exemplo de anos anteriores.
Fonte:
LCME – Laboratório Central de Microscopia Eletrônica. Universidade Federal de Santa Catarina.
Nota:
1 Como já mencionado nas estatísticas do ano anterior, em meados do mês de abril de 2021 o microscópio confocal foi transferido para o Centro de Ciências Biológicas (CCB), não sendo mais da responsabilidade do LCME a partir daquele momento.